sábado, 6 de dezembro de 2008

harmonizar comida e música?

o título do meu blog é gastronomia, música e confidências, certo?
mas, pra quem acompanha há algum tempo, já deu pra preceber que música aqui é artigo raro! às vezes posto alguma letrinha da qual gosto. mas só.

o que a música tem a ver comigo?

na verdade, bem na verdade, vivo de música. acordo e durmo com rádio ligado. tudo o que tem na minha vida é musicado. quer um exemplo?

esses dias estava observando. quando estou indo pra facu, uma música que não pode faltar é "You Only Live Once"(The Strokes). quando estou lavando a louça do café da tarde, é a vez de "Back For Good"(Take That). - coitado do meu pai, já não aguenta mais aquela parte do "So complete in our love.We will never be uncovered agaaaaaaaaaaaaain." kkkkkkkk -. quando estou atrasada é a vez de "That's What You Get"(Paramore). nos dias de fossa... prefiro não comentar.

as pessoas têm sua música. krewsa, mais que citada no blog, tem como trilha "Enjoy The Silence"(Depeche Mode). para meu paquerinha da facu, "Follow you down"(Gin Blossoms).gabriela, minha ilustríssima sobrinha, "Boa Sorte"(Vanessa da Mata). bebela tem várias. uma quando dançamos, outra quando brincamos, outra quando dormimos...

e, se minha vida é assim, toda musicada, porque minha cozinha também não pode ser? agora, além das receitas, vou mandar também a música que acho que combina com cada produção, igual a gente faz com vinho, sabe?
que tal?

vamos começar com um clássico da confeitaria, que eu acho que combina bem com o natal também:


"TROIS FRÈRES (THREE BROTHERS)"
ainda não achei a fotinho pra pôr aqui!!!!


pra comer ao som de "FOREVER" (Chris Brown) - só não tente comer dançando!


Ingredientes
100 gr Chocolate gianduia
35 g Açúcar
10 ml Água
70 grAvelãs sem casca
5 gr Manteiga
200 gr Chocolate Meio amargo para banhar




Modo de Preparo:
1. Levar ao fogo a água e o açúcar, quando começar a caramelizar acrescentar as avelãs e misturar até o açúcar cristalizar.
2. Voltar ao fogo, mexendo sempre, até que o açúcar se derreta e caramelize as avelãs.
3. Acrescentar a manteiga, misturar rapidamente, despejar sobre uma superfície de mármore e rapidamente ir separando as avelãs com um garfo, uma a uma, soltas.
4. Resfriar.
5. Derreter o chocolate gianduia e trabalhar com espátula sobre o mármore frio, até ficar bem pastoso.
6. Transferir para um saco de confeitar com o bico liso e moldar pequenos discos sobre o papel manteiga.
7. Dispor 3 avelãs sobre cada disco. Gelar.
8. Banhar em chocolate meio amargo temperado.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

sobre nós dois

faz teeeeeeeeempo que não posto nada, né?

estou aproveitando mais a rua, o dia, a facu, meus momentos com a bebela...

não me abandonem! ainda vou postar sobre ceia de natal, minha paixão recente pelos vinhos, minhas paixões...

mas, pra não deixar de postar - até em respeito às pessoas que me acompanham - convido vocês a curtirem comigo a letrinha de uma música que gosto muito:







Seu olhar me acompanha
Do outro lado da rua
Um sorriso, discreto
E hoje a noite é minha
Seu andar folgado me chama
Da morte ela morre de medo
E já disse que me ama
Mas tem que ser em segredo

Sobre nós dois
Ninguém vai saber de tudo
Parece uma partida
Contra o resto do mundo

Ela vibra como criança
Vestida, pra mim está nua
Dormindo é quase uma santa
Nasceu sorrindo pra lua
Seu andar folgado me chama...
Da morte ela morre de medo
E já disse que me ama
Mas tem que ser em segredo

Sobre nós dois
Ninguém vai saber de tudo
Parece uma partida
Contra o resto do mundo
Eu até sonhei com isso...
As coisas mais loucas com ela eu arrisco
Com ela eu arrisco

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

ando devagar...

"(...)porque já tive pressa e carrego esse sorriso porque já chorei demais..."
(almir sater)

já estou há tempos sem postar... achei que ia chegar aqui, em frente à tela, e iria me inspirar! achei...

está chovendo lá fora... comecei a pensar num alguém que estava perdido e ressurgiu... na facu... e, novamente, a falta de coragem...

sabe, ando tão, mas tão frouxa...
minha cabeça está em meio a terremotos, tsunamis, chuvas torrenciais, erupções de vulcões...

queria tanto contar-lhes com todos os detalhes sobre minha primeira aula de cozinha italiana com o chef daniel... ele é muito engraçado! e meu risoto, pra variar, elogiadíssimo - me acho quando faço risoto! - e no ponto!
mas hoje...num tá rolando...

prometo publicar a receita em breve e mais posts sobre vinho. é um assunto legal e já percebi que o povo tem medo de falar sobre...

QUERIDOS, VINHO É ALMA, AMOR, POESIA. É TUDO O QUE VEM DO CORAÇÃO. não tem o que temer!!!

rezem por mim, tô precisando!

Ps: esse anjinho parece minha filha, bebela. os olhos, cabelos... só que minha filha é um pouco mais morena...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

desculpe minha ausência


Se você pensa que abandonei meu blog... Enganou-se!!!


Estou tão empolgada com o universo dos vinhos... Fiquei sabendo que meu professor, Daniel Pinto, disse que eu sou a "rainha dos aromas"! Meu, ele é, nada mais, nada menos, que presidente da SBAV(Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho), autor do "Manual Didático do Vinho: Iniciação à Enologia" - Ed. Anhembi Morumbi e MEU mestre!!!
Amanhã conto tudo!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Inauguração do Centro de Pesquisas em Gastronomia

Caríssimos,

Até hoje estou devendo aquele post sobre a inauguração do centro de pesquisas gastronômicas da facu no dia 24/09/2008, né?

OLHA ELE AQUI!!!

Preciso pedir as fotos pra Krewsa...

Que dia, meu Deus, que dia...

Tudo começou com o convite da chef Lúcia, que foi ratificado pelo querido chef Paulo. Krewsa e eu fomos numa ótima. Chegamos na cozinha e - acredite - fomos atrás do que fazer. Mas sabe como é, né? Evento importante, todo mundo querendo mostrar serviço... Um colega pediu para limparmos uns ramequins. Normal, alguém tinha que fazer isso... Mas, sabe quando você sente aquele ar de "como você não sabe muita coisa, faz isso aqui pra mim"? Então. Fomos e limpamos, ora! TODO GRANDE CHEF COMEÇOU LAVANDO PRATO!

Abafa.

Depois que terminamos, ficamos avulsas um tempão.Aquela sensação de peso morto... Sempre caçava algo para fazer, andava atrás do chef Paulo, ia observar alguma produção. Foi quando o chef nos chamou - Kelly e eu - e nos deu a incumbência de organizar e entregar os petiscos aos garçons. Vitória! Algo para fazer! Senti uma fisgada de ciúme de algumas pessoas. No meio dos papéis do Paulo, próximos a mim, a lista de convidados confirmados. De repente, li: "LAURENT SUAUDEAU". Presença confirmada!!! Comecei a tremer, os olhos marejados. Confidenciei o fato a minha amiga; a mesma reação.


O evento começou bem. Tranquilo, regado a muito Prosecco Salton - caixinha, Lombardeeeee! - e bom humor. Os bambas da Gastronomia nacional começaram a chegar: Mara Salles, Jun Sakamoto, até o grande muso teen Alex Atola - atola mesmo - se fez presente. Mas não será sobre nenhum deles minha narrativa. Começaram as atividades do cerimonial e - lógico - nós saímos para curiar. Voltei logo para a cozinha. Afinal, estava lá a trabalho e essa foi uma coisa que não faltou.


"Ana, corre! O Laurent tá lá fora!", disse a esbaforida Krewsa. Corri. Na hora que bati os olhos naquele tiozinho de cabelos grisalhos, as lágrimas começaram a correr sem ordem prévia. Depois de um tempo e muito exercícios de respiração, calmaria. Encerradas as atividades, fomos atrás do nosso chef inspirador. pensou se ele fosse embora? Ele estava em frente à porta do CPG conversando com a profª Vera, que nos deu aula de Higiene, e não queríamos ser inconvenientes, porém a conversa parecia ser longa... Respirei fundo - umas 10 vezes -, chamei a Krewsa e fomos.


"Chef... com licença... Desculpe a inconveniência... Vou começar a chorar..." Um abraço. "Assina minha dolma?" Todo solícito, assinou. "Tira uma foto comigo?" Pose pra foto. "Mas non pode chorar, hã?" Sorrisos. Uma foto, outra, depois a Krewsa. Que lindo! Estávamos sendo observados por Rosa Moraes, essa sim, ima diva: inteligente, articulada, bonita, bem sucedida, simpática, elegantéééééééérrima... Fui até ela um tempo depois para pedir que também autografasse minha dolma. Recebi, antes, um abraço e, nas costas, ao lado do Laurent, uma mensagem: "KEEP UP!".


Saí do evento pisando em nuvens. Que se dane!


Como já cantou Ângelo Máximo (valeu, pai!):

"Ah! Ah! Ah! Que dia feliz!"




As fotos - ainda falta um monte!!!



Laurent. Dispensa apresentações!

Josimar Melo, um dos mais importantes críticos gastronômicos do país e eu. Olha a cara dele de estoutentandofazercaradesimpáticodepoisdemuitoprosecco"!
Atrás de nós, o elegantéééééérrimo prof. Mário Oliveira e, ao seu lado, prof Maranhão, coordenador do CPG.
Fotos chupinhadas do blog da titia Josy Marmello.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

curiosidades sobre vinho


1. Porque a garrafa deve ficar inclinada?

O Motivo pelo qual deve-se manter a garrafa na horizontal é o fato da vedação (rolha) ser de cortiça. A Cortiça é uma fibra vegetal, extraída da casca do sobreiro (planta de grande porte muito cultivada em Portugal e Espanha), sendo assim pode sofrer ressecamento (perda da umidade), formando poros no seu corpo. Quando estes poros são muito grandes ou melhor dizendo, são de toda a altura da rolha, é muito provável que entre ar na garrafa. Este ar, pela ação do oxigênio, irá acelerar o processo de oxidação do vinho, em determinados casos pode causar até o avinagramento do vinho (vinagre é a transformação do álcool em ácido acético pela ação de bactérias, que utilizam o oxigênio no processo). Concluindo, a garrafa deve ser mantida em posição que o vinho tenha contato com o rolha para que esta mantenha-se encharcada com o próprio vinho e assim expandida e no seu máximo de vedação. Lembrando que quando o vinho já estiver aberto, mesmo que a vedação seja perfeita, é preferível que a garrafa fique na vertical, para que se diminua o contato do vinho com a camada de ar no interior da garrafa. Qualquer dúvida, estamos disponível.

Christian Bernardi
enólogo

2.Como harmonizar pratos e vinhos?

Este é um tema tão subjetivo, que prefiro tratá-lo com as generalidades já consagradas; harmonia e equilíbrio entre alimentos e vinhos é a base deste tema.
Porém, não é nada simples obtê-los, já que é necessário conhecer muito bem as características gustativas de ambos. Dizer simplesmente que carnes brancas devem ser acompanhadas de vinhos brancos secos de boa estrutura ou tintos ligeiros não basta. É necessário saber que os pratos variam de sabor em função dos molhos ou acompanhamentos e que, conforme esta variação, poderá variar a combinação com os vinhos.
Ou seja, o critério deverá ser: a maior intensidade de sabores dos pratos deve corresponder maior intensidade de sabores nos vinhos.
A seguir, transcrevo algumas recomendações dadas no livro Tradição, conhecimento e prática dos vinhos, publicado pela Associação Brasileira de Sommeliers e escrito pelos amigos Dânio Braga e Célio França Alzer, profundos conhecedores do tema:*
Patês à base de fígado: brancos doces tipo Sauternes.
Frios: brancos e rosados secos.
Sopas e massas: dependendo da cor do molho, brancos ou tintos secos.
Peixes defumados: brancos secos ou espumantes brut
Peixes gordurosos (bacalhau, enguia): tintos ligeiros.
Moluscos: brancos secos aromáticos.
Carnes brancas (frango, vitela, coelho, porco): brancos secos de boa estrutura ou tintos ligeiros.
Carnes vermelhas (bovina, caprina, aves nobres): tintos de mediana estrutura.
Carnes escuras (caças): tintos estruturados.
Observação importante: saladas temperadas com vinagre não combinam com vinho. Sobremesas à base de chocolate são bem acompanhadas por um belo copo de água.

Referência:LONA, A. A. 1996. Vinhos: Degustação, Elaboração e Serviço. Porto Alegre: Ed. AGE. 151 p


3. Como harmonizar queijos e vinhos?

O conceito em relação aos queijos é idêntico ao aplicado nos pratos, ou seja, maior intensidade de sabores no queijo, maior intensidade de sabores no vinho.
Queijos de massa mole (ricota, minas frescal, de cabra fresco): brancos secos jovens.
Queijos de meia-cura, como camembert, brie, ementhal, tilsit, gouda, tintos semi-estruturados e pouco tânicos.
Queijos de massa dura, como parmesão, de cabra: tintos estruturados.
Queijos picantes, como boursin e roquefort: vinhos tintos estruturados e tânicos ou vinhos doces.


Referência:LONA, A. A. 1996. Vinhos: Degustação, Elaboração e Serviço. Porto Alegre: Ed. AGE. 151 p



MAIS ALGUMA DÚVIDA? Mande pro blog que os professores da Anembi respondem pra você!!!

história do vinho

Do site da ABE:

Surgimento do Vinho no Mundo

Não se pode apontar precisamente o local a época em que o vinho foi feito pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da roda. Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas caído, potencialmente, torna-se, um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco.
Não se pode apontar precisamente o local a época em que o vinho foi feito pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da roda. Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas caído, potencialmente, torna-se, um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco.

Há 2 milhões de anos já coexistiam as uvas e o homem que as podia colher. Seria, portanto, estranho se o acidente do vinho nunca tivesse acontecido ao homem nômade primitivo. Antes da última Era Glacial houve sêres humanos cujas mentes estavam longe de ser primitivas como os povos Cro-Magnon que pintaram obras primas nas cavernas de Lascaux, na França, onde os vinhedos ainda crescem selvagem. Esses fatos fazem supor que, mesmo não existindo evidências claras, esses povos conheceram o vinho.

Os arqueologistas aceitam acúmulo de sementes de uva como evidência (pelo menos de probabilidade) de elaboração de vinhos. Escavações em Catal Hüyük (talvez a primeira das cidades da humanidade) na Turquia, em Damasco na Síria, Byblos no Líbano e na Jordânia revelaram sementes de uvas da Idade da Pedra (Período Neolítico B), cerca de 8000 a.C. As mais antigas sementes de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Rússia) e datam de 7000 - 5000 a.C. (datadas por marcação de carbono). Certas características da forma são peculiares a uvas cultivadas e as sementes descobertas são do tipo de transição entre a selvagem e a cultivada.

A videira para vinificação pertence a espécie Vitis vinifera e suas parentes são a Vitis rupestris, a Vitis riparia e a Vitis aestivalis, mas nenhuma delas possue a mesma capacidade de acumular açúcar na proporção de 1/3 do seu volume, nem os elementos necessários para a confecção do vinho. A videira selvagem possue flores machos e fêmeas, mas raramente ambas na mesma planta. A minoria das plantas são hermafroditas e podem gerar uvas, mas quase a metade do número produzido pelas fêmeas. Os primeiros povos a cultivar a videira teriam selecionado as plantas hermafroditas para o cultivo. A forma selvagem pertence a subespécie sylvestris e a cultivada à subespécie sativa.

As sementes encontradas na Georgia foram classificadas como Vitis vinifera variedade sativa, o que serve de base para o argumento de que as uvas eram cultivadas e o vinho presumívelmente elaborado. A idade dessas coincide com a passagem das culturas avançadas da Europa e do Oriente Próximo de uma vida nômade para uma vida sedentária, começando a cultivar tanto quanto caçavam. Nesse período começam também a surgir, além da pedra, utensílios de cobre e as primeiras cerâmicas nas margens do Mar Cáspio.
O kwervri (um jarro de argila), existente no museu de Tbilisi, na Georgia, datado de 50000 - 6000 a.C, é outra evidência desse período. No mesmo museu existem pequenos segmentos e galhos de videiras, datadas de 3000 a.C., e que parecem ter sido parte dos adornos de sepultamento, talvez com significado místico de serem transportadas para o mundo da morte onde poderia ser plantada e dar novamente prazer.


Além das regiões ao norte dos Caucásos (Georgia e Armenia), a videira também era nativa na maioria das regiões mais ao sul, existindo na Anatólia (Tur-quia), na Pérsia (Irã) e no sul da Mesopotâmia (Iraque), nas montanhas de Zagros, entre o Mar Cáspio e o Golfo Pérsico. É possível que as videiras da região dos Cáucasos, tenham sido levadas pelos fenícios da região onde hoje é o Líbano para toda a Europa e seriam as ancestrais de várias das atuais uvas brancas. Recentemente, foi encontrada no Irã (Pérsia), uma ânfora de 3.500 anos de contendo no seu interior uma mancha residual de vinho.
É provável que o Egito recebia suas videiras, pelo rio Nilo, de Canaã (Líbano, Israel, Jordânia e parte da Síria) ou da Assíria (Parte do Iraque e da Arábia Saudita) ou, ainda da região montanhosa da Núbia ou da costa norte da África.

Há inúmeras lendas sobre onde teria começado a produção de vinhos e a primeira delas está no Velho Testamento. O capítulo 9 do Gênesis diz que Noé, após ter desembarcado os animais, plantou um vinhedo do qual fez vinho, bebeu e se embriagou. Entre outros aspectos interessantes sobre a história de Noé, está o Monte Ararat, onde a Arca ancorou durante o dilúvio. Essa montanha de 5.166 metros de altura é o ápice dos Cáucasos e fica entre a Armênia e a Turquia. Entre as muitas expedições que subiram o monte a procura dos restos da Arca, apenas uma, em 1951, encontrou uma peça de madeira.

A questão mais complicada é onde morou Noé antes do dilúvio. Onde quer que ele tenha construído a Arca, ele tinha vinhedos e já sabia fazer o vinho. As videiras, lógicamente faziam parte da carga da Arca. Uma especulação interessante é que Noé teria sido um dos muitos sobreviventes da submersão de Atlântida. Uma lenda basca celebra un herói chamado Ano que teria trazido a videira e outras plantas num barco. Curiosamente, o basco é uma das mais antigas línguas ocidentais e ano , em basco, também significa vinho. Na Galícia também existe uma figura legendária denominada Noya que os sumérios da Mesopotâmia diziam ser uma espécie de deus do mar denominado Oannes. Também interessante é que, na mitologia grega, Dionísio, deus do vinho, foi criado por sua tia Ino, uma deusa do mar, e a palavra grega para vinho é oinos.

O épico babilônico Gilgamesh, o mais antigo trabalho literário conhecido (1.800 a.C.) também conta também uma história de Upnapishtim, a versão babilônica de Noé. Esse homem também construiu uma Arca, encheu-a de animais, atracou-a numa montanha, soltou sucessivamente três pássaros sobre as águas e finalmente sacrificou um animal em oferenda aos deuses. No entanto, Upnapishtim não fez vinho. O vinho aparece em outra parte dos escritos, na qual o herói Gilgamesh entra no reino do sol e lá encontra um vinhedo encantado de cujo vinho obteria, se lhe fosse permitido bebê-lo, a imortalidade que ele procurava.

O vinho está relacionado à mitologia grega. Um dos vários significados do Festival de Dionísio em Atenas era a comemoração do grande dilúvio com que Zeus (Júpiter) castigou o pecado da raça humana primitiva. Apenas um casal sobreviveu. Seus filhos eram: Orestheus, que teria plantado a primeira vinha; Amphictyon, de quem Dionísio era amigo e ensinou sobre vinho; e Helena, a primogênita, de cujo que nome veio o nome da raça grega.

A mais citada de todas as lendas sobre a descoberta do vinho é uma versão persa que fala sobre Jamshid , um rei persa semi-mitológico que parece estar relacionado a Noé, pois teria construído um grande muro para salvar os animais do dilúvio. Na corte de Jamshid, as uvas eram mantidas em jarras para serem comidas fora da estação. Certa vez, uma das jarras estava cheia de suco e as uvas espumavam e exalavam um cheiro estranho sendo deixadas de lado por serem inapropriadas para comer e consideradas possível veneno. Uma donzela do harém tentou se matar ingerindo o possível veneno. Ao invés da morte ela encontrou alegria e um repousante sono. Ela narrou o ocorrido ao rei que ordenou, então, que uma grande quantidade de vinho fosse feita e Jamshid e sua corte beberam da nova bebida.

Os mesopotâmios também eram bebedores de vinho. A Mesopotâmia (Iraque) está situada entre os rios Tigre e Eufrates que correm ao sul dos Cáucasos (o Eufrates nasce no Monte Ararat) e correm até o Golfo Pérsico, numa região plana, quente e árida, uma antítese da região adequada para vitivinicultura. Os sumérios aí se estabeleceram entre 4.000 a 3.000 a.C. e fundaram as cidades de Kish e Ur. De Kish provém as primeiras forma de escrita, os pictogramas, desenhados com estilete em argila úmida. Entre estes escritos há uma folha de uva. Os mesopotâmios tentaram mais tardiamente o plantio de videiras, mas, origininalmente, importavam o vinho de outras regiões. Há registros de que dois séculos e meio depois o rio Eufrates foi usado para transporte de vinho da região da Armenia para Babilônia, a cidade que sucedeu Kish e Ur.

Na Mesopotâmia os sumérios originaram os semitas e Mari foi sua principal cidade, até que o Imperador Hammurabi fundou Babilônia (próxima de Bagdá) em 1790 a.C. Os hititas que ocuparam por volta de 2.000 a.C. a região da Anatolia (Turquia) parecem ter sido entusiastas do vinho, julgando-se pela exuberância dos frascos criados para servir e tomar o vinho (cálices e frascos em forma de cabeça de animal feitos em ouro).

A propósito, o código de Hammurabi e o código dos hititas são os dois primeiros livros sobre leis de que temos conhecimento e ambos fazem referência aos vinhos. No código de Hammurabi há tres tópicos relacionandos com as casas de vinho. O primeiro diz que a vendedora de vinhos que errar a conta será atirada à agua; o segundo afirma que se a vendedora não prender marginais que estiverem tramando e os levar ao palácio seria punida com a morte; a última diz que uma sacerdotiza abrir uma casa de vinhos ou nela entrar para tomar um drinque, será queimada viva.

Havia um grande intercâmbio comercial, incluindo-se aí a uva e o vinho, entre os impérios peri-mediterrâneos. Ugarit (agora Latakia) e Al-Mina, na Síria, e, posteriormente, Sidon e Tyre, mais ao sul, foram importantes portos comerciais e eram controlados pelos Cananeus a serviço do Império Assírio. Nessa região da costa mediterrânea, os fenícios, que sucederam os Cananeus e inventaram o alfabeto, fundaram outras cidades comerciais como Cartago e Cádiz. Alexandre o Grande conquistou toda a região e fundou Alexandria, um porto neutro no delta do Nilo, habitado por gregos, egípcios e judeus.

Os egípcios não foram os primeiros a fazer vinho, mas certamente foram os primeiros a saber como registrar e celebrar os os detalhes da vinificação em suas pinturas que datam de 1.000 a 3.000 a.C. Haviam, inclusive, expertos que diferenciavam as qualidades dos vinhos profissionalmente. Nas tumbas dos faraós foram encontradas pinturas retratando com detalhes várias etapas da elaboração do vinho, tais como: a colheita da uva, a prensagem e a fermentação. Também são vistas cenas mostrando como os vinhos eram bebidos: em taças ou em jarras, através de canudos, em um ambiente festivo, elegante, algumas vezes, licencioso. O consumo de vinho parece ter sido limitados aos ricos, nobres e sacerdotes. Os vinhedos e o vinho eram oferecidos ao deuses, especialmente pelos faraós, como mostram os registros do presente que Ramses III (1100 a.C.) fez ao deus Amun.

Um fato muito interessante e que mostra o cuidado que os egípcios dedicavam ao vinho é a descoberta feita em 1922 na tumba do jovem faraó Tutankamon (1371-1352 a.C.). Foram encontradas 36 ânforas de vinho algumas das quais continham inscrições da região, safra, nome do comerciante e até a inscrição muito boa qualidade Quando do surgimento do Egito (por volta de 3.000 a.C.), os precursores dos gregos ocuparam quatro áreas principais em volta do mar Egeu: o sul e centro--leste da Grécia, a ilha de Creta, as ilhas Cicládicas no sul do Egeu e a costa noroeste da Asia Menor. Nessas regiões foram cultivadas oliveiras e videiras, duas novas culturas que acrescentaram nova dimensão à dieta primitiva de milho e carne e que podiam crescer em terras pobres e pedregosas para o cultivo de grãos. O azeite de oliva e o vinho foram poderosos estímulos ao comércio e, consequentemente, à troca de idéias . O vinho, em particular, trouxe uma nova dimensão nas relações pessoais e comerciais, na medida em que leva naturalmente a festividades, confidencias e senso de oportunidade.

No ano 2.000 a.C. Creta era desenvolvida, em parte pelo contato com o Egito, mas por volta de 1.500 a.C. foi superada por Micena, situada no sul da Grécia, cujo povo era mais agressivo, inclusive como comérciantes e colonizadores. Os micênios visitaram desde a Sicília, no oeste, até a Síria, no Leste. Sob liderança de Agamenon, juntamente com seus vizinhos espartanos sitiaram Tróia. O gosto dos gregos pelo vinho pode ser avaliado pela descoberta recente da adega do rei Nestor, de Pilos, cidade da Peloponésia (sul da Grécia). A capacidade da adega do rei foi estimada em 6.000 litros, armazenados em grandes jarras denominadas pithoi. O vinho era levado até a adega dentro de bolsas de pele de animal que deviam contribuir para a formação do buquê do vinho.

Na Ilíada Homero fala de vinhos e descreve com lirismo a colheita durante o outono. O poeta também fala de vinhos nas narrativas da guerra de Troia e cita a ilha de Lemnos, no mar Egeu, como a fornecedora de vinho para as tropas que sitiavam Troia, cujo vinho era proveniente da Frígia.

Homero também descreve os vinhos gregos ao narrar as viagens de Odis-seu e entre eles está o vinho do sacerdote Maro: vinho tinto, com doçura do mel e tão forte que era diluído com água na proporção de 1:20. Quando foi aprisionado na, costa da Sicília, pelo cíclope Polifemus, Odisseu ofereceu-lhe o vinho de Maro como digestivo. Como o cíclope estava acostumado com o fraco vinho da Sicília, após tomar o vinho forte caíu em sono profundo, o que permitiu a Odisseu extrair-lhe o ôlho.

Entre1.200 e 1.100 a.C. os dóricos, selvagens vindos do norte, devastaram Micena e outros impérios do Oriente Próximo, que, exceção feita ao Egito, caíram nessa época. Foi o período negro da história da Grécia. Até a arte de escrever foi perdida. Após esse período, os novos gregos tiveram mais energia e inteligência que os seus predecessores. Em dois séculos o Mar Egeu tornava-se novamente o centro das atividades criativas. O alfabeto é adotado e a linguagem escrita renasce entre 900 e 700 a.C. Nessa época os gregos, incluindo os refugiados de Micena transformaram as costas da Frígia (terra dos hititas) e da Lídia na Grécia Oriental, trazendo sua agricultura de oliva e uva. Atenas, que não fora inteiramente destruída pelos dóricos, começava a sua liderança artística e cultural.

Um novo período se iniciou e os habitantes da Eubéia, na costa leste da Grécia Central chegaram a ilha de Chipre e a Al-Mina (na Síria) e fundaram na Itália as cidades de Cumae e Naxos, esta última na Sicília. Colonizadores de outras regiões da Grécia cruzaram o mar e fundaram outras cidades na Itália, como os corintos que fundaram Siracusa (na Sicília) e os habitantes de Rodes que fundaram Gela (na Sicília) e Naepolis (hoje Nápoles) . Os acênios, do norte da Peloponésia, fundaram Sybaris e Poseidonia (hoje Paestum) na Campania. Os espartanos fundaram Tarentum (hoje Taranto). Os ateniences chegaram à Lombardia onde fizeram contato com os etruscos.

Deste modo, a expansão da cultura grega fez com que a Sicília e a ponta da bota da Italia fossem designadas, nessa época, a Magna Grécia, também chamada de Oenotri, a terra dos vinhos. Nessa era de intensa procura por novas terras, ocorreu também a colonização do sul da França pelos gregos habitantes da Lídia, que fugiam da invasão dos persas e fundaram Massalia (hoje Marselha) e se estabeleceram também na Córsega. em 500 a.C. Eles controlaram rotas do Rhône, do Saône, através da Borgonha, do Sena e do Loire. Massalia fazia seu próprio vinho e as ânforas para exportá-lo. Segundo o historiador romano Justiniano, os gauleses aprenderam com os gregos uma forma civilizada de vida, cultivando olivas e videiras.

Historiadores acreditam que o primeiro vinho bebido na Borgonha foi provavelmente trazido de Marsellha ou diretamente da Grécia. É importante lembrar que em 1952, entre Paris e a Borgonha, na cidade de Vix, foi descoberta uma imensa jarra grega de fino bronze com cerca de 2 metros de altura e com capacidade de 1.200 litros originária de 600 a.C.
As ilhas gregas foram provavelmente os principais exportadores de vinho, sendo a ilha de Chios, situada ao leste, próxima ao litoral da Lídia, a mais importante delas e a que possuía o melhor vinho. As suas ânforas características foram encontradas em quase todas as regiões por onde os gregos fizeram comércio, tais como: Egito, França, Bulgária, Itália e Russia. Também a ilha de Lesbos, ao norte de Chios possuía um vinho famoso e, provavelmente, foi a fonte do Pramnian, o equivalente grego do fantástico vinho búlgaro Tokay Essenczia.

Provavelmente havia predileção pelos vinhos doces (Homero descreve uvas secadas ao sol), mas haviam vários tipos diferentes de vinho. Laerte, o pai de Odisseu, cujos vinhedos eram seu orgulho e alegria, vangloriava-se de ter 50 tipos cada um de um tipo diferente de uva. Com relação à prática de adicionar resina de pinheiro no vinho, utilizada na elaboração do moderno Retsina, parece que era rara na Grécia Antiga. No entanto, era comum fazer outras misturas com os vinhos e, na verdade, raramente eram bebidos puros. Era normal adicionar-se pelo menos água e, quanto mais formal a ocasião e mais sofisticada a comida, mais especiárias aro-máticas eram adicionadas ao vinho.

O amor dos gregos pelos vinhos pode ser avaliado pelos Simpósios, cujo significado literal é ebendo junto. Eram reuniões (daí o significado atual) onde as pessoas se reuniam para beber vinho em salas especiais, reclinados confortavelmente em divãs, onde conversas se desenrolavam num ambiente de alegre convívio. Todo Simpósio tinha um presidente cuja função era estimular a conversação. Embora muitos Simpósios fossem sérios e constituídos por homens nobres e sábios, havia outros que se desenvolviam em clima de festa, com jovens dançarinas ao som de flautas.

Entre as muitas evidências da sabedoria grega para o uso do vinho são os escritos atribuídos a Eubulus por volta de 375 a.C. : Eu preparo tres taças para o moderado: uma para a saúde, que ele sorverá primeiro, a segunda para o amor e o prazer e a terceira para o sono. Quando essa taça acabou, os convidados sábios vão para casa. A quarta taça é a menos demorada, mas é a da violência; a quinta é a do tumulto, a sexta da orgia, a sétima a do olho roxo, a oitava é a do policial, a nona da ranzinzice e a décima a da loucura e da quebradeira dos móveis.
O uso medicinal do vinho era largamente empregado pelos gregos e existem inúmeros registros disso. Hipócrates fez várias observações sobre as propriedades medicinais do vinho, que são citadas em textos de história da medicina.

Além dos aspectos comercial, medicinal e hedônico o vinho representava para os gregos um elemento místico, expresso no culto ao deus do vinho, Dionísio ou Baco ou Líber. Entre as várias lendas que cercam a sua existência, a mais conhecida é aquela contada na peça de Eurípides. Dionísio, nascido em Naxos, seria filho de Zeus (Júpiter), o pai dos deuses, que vivia no Monte Olimpo em Thessaly e da mortal Sêmele, a filha de Cadmus, o rei de Tebas. Semele, ainda no sexto mês de gravidez, morreu fulminada por um raio proveniente da intensa luminosidade de Zeus . Dionísio foi salvo pelo pai que o retirou do ventre da mãe e o costurou-o na própria coxa onde foi mantido até o final da gestação. Dionísio se confunde com vários outros deuses de várias civilizações, cujos cultos teriam origem há 9.000 anos. Originalmente, era apenas o deus da vegetação e da fertilidade e gradualmente foi se tornando o deus do vinho, como Baco deus originário da Lídia.

O vinho chegou no sul da Itália através dos gregos a partir de próximo de 800 a.C. No entanto, os etruscos, já viviam ao norte, na região da atual Toscana, e elaboravam vinhos e os comercializavam até na Gália e, provavelmente, na Borgonha. Não se sabe, no entanto se eles trouxeram as videiras de sua terra de origem (provavelmente da Ásia Menor ou da Fenícia) ou se cultivaram uvas nativas da Itália, onde já havia videiras desde a pré-história. Deste modo, não é possível dizer quem as usou primeiro para a elaboração de vinhos. A mais antiga ânfora de vinho encontrada na Itália é etrusca e data de 600 a.C.
O ponto crítico da história do vinho em Roma foi a vitória na longa guerra com o Império de Cartago no norte da África para controlar o Mediterrâneo Ocidental entre 264 e 146 a.C. Após as vitórias sobre o general Anibal e, a seguir, sobre os macedônios e os Sírios, houve mudanças importantes.

Os romanos começaram a investir na agricultura com seriedade e a vitivinicultura atingiu seu clímax. O primeiro a escrever sobre o tema foi o senador Catão em sua obra De Agri Cultura. No entanto, irônicamente, o mais famoso manual foi escrito por um cartaginês, Mago, e traduzido para o latim e para o grego. O manual de Mago, mais do qualquer outro estudo, estimulava a plantação comercial de vinhedos a substituição de pequenas propriedades por outras maiores.
Uma data importante no progresso de Roma foi 171 a.C., quando foi aberta a primeira padaria da cidade, pois até então os romanos se alimentavam de mingau de cereais. Agora Roma comia pão e certamente a sêde por vinho iria aumentar. Começava uma nova era e apereciam os primeiro-cultivo vinhos de qualidade de vinhedos específicos, equivalentes aos grands crus de hoje. Na costa da Campania, mais exatamente na baía de Nápoles e na península de Sorriento estavam os melhore vinhedos. Dessa época é o maravilhoso Opimiano (em homenagem ao consul Opimius) safra de 121 a.C. do vinhedo Falernum que foi consumido, conforme registros históricos até125 anos depois. Ainda assim, os vinhos gregos ainda eram considerados pelos romanos os melhores.

No império de Augusto (276 a.C. - 14 d.C.) a indústria do vinho estava estabelecida em toda a extensão da Itália que já exportava vinhos para a Grécia, Macedônia e Dalmácia). Todos os grands crus vinham da região entre Roma e Pompéia, mas a região da costa adriática era também importante, em especial pelas exportações. Pompéia ocupava uma posição de destaque, podendo ser considerada a Bordeaux do Império Romano e era a maior fornecedora de vinhos para Roma . Após a destruição de Pompéia pela erupção do Vesúvio no ano 79 d.C., ocorreu uma louca corrida na plantação de vinhedos onde quer que fosse. Plantações de milho tornaram-se vinhedos, provocando um desequilíbrio do fornecimento a Roma, desvalorização das terras e do vinho.

No ano 92 d.C., o imperador Domiciano editou um decreto proibindo a plantação de novos vinhedos e de vinhedos pequenos e mandando destruir metade dos vinhedos nas províncias ultramarítimas. O decreto parece visar a proteção do vinho doméstico contra a competição do vinho das províncias e manter os preços para o produtor. O decreto permaneceu até 280 d.C., quando o imperador Probus o revogou.

Tudo que se queira saber sobre a vitivinicultura romana da época está no manual De Re Rustica (Sobre Temas do Campo), de aproximadamente 65 d.C, de autoria de um espanhol de Gades (hoje Cádiz), Lucius Columella. O manual chega a detalhes como: a produção por área plantada (que, surpreendentemente, é a mesma dos melhores vinhedos da França de hoje), a técnica de plantio em estacas com distância de dois passos entre elas (mais ou menos a mesma técnica usada hoje em vários vinhedos europeus), tipo de terreno, drenagem, colheita, prensagem, fermentação, etc

Quanto ao paladar, os romanos tinham predileção pelo vinho doce, daí fazerem a colheita o mais tardiamente possível, ou, conforme a técnica grega, colher o fruto um pouco imaturo e deixá-lo no sol para secar e concentrar o açúcar (vinhos chamados Passum). Outro modo de obter um vinho mais forte e doce era ferver, aumentando a concentração de açúcar (originando o chamado Defrutum) ou ainda adicionar mel (originava o Mulsum). Preparavam também o semper mustum (mosto permanente), um mosto cuja fermentação era interrompida por submersão da ânfora em água fria e, portanto, contendo mais açúcar. Esse método é o precurssor do método de obtenção do Süssreserve das vinícolas alemãs.
Ainda no tocante ao paladar, é interessante lembrar que os romanos sempre tiveram predileção por temperos fortes na comida e também se excediam nas misturas com vinhos que eram fervidos em infusões ou macerações com hervas, especiarias, resinas e denominados vinhos gregos em virtude dos gregos raramente tomarem vinhos sem temperá-los. Plínio, Columella e Apícius descrevem receitas bastante exóticas.

Quanto a idade, alguns vinhos romanos se prestavam ao envelhecimento, os fortes e doces expostos ao ar livre e os mais fracos contidos em jarras enterrados no chão. Um recurso usado para envelhecer o vinho era o fumarium, um quarto de defumaçào onde as ânforas com vinho eram colocadas em cima de uma lareira e o vinho defumado, tornando-se mais pálido, mais ácido e com cheiro de fumaça.

Galeno (131-201 d.C.), o famoso grego médico dos gladiadores e, posteriormente médico particular do imperador Marco Aurelio, escreveu um tratado denominado De antidotos sobre o uso de preparações à base de vinho e ervas, usadas como antídotos de venenos. Nesse tratado existem considerações perfeitas sobre os vinhos, tanto italianos como gregos, bebidos em Roma nessa época: como deveriam ser analisados, guardados e envelhecidos
A maneira de Galeno escolher o melhor era começar com vinhos de 20 anos, que se esperava serem amargos, e, então, provar as safras mais novas até chegar-se ao vinho mais velho sem amargor. Segundo Galeno, o vinho Falerniano era ainda nessa época o melhor (tão famoso que era falsificado com frequência) e o Surrentino o igualava em qualidade, embora mais duro e mais austero. A palavra austeroé usada inúmeras vezes nas descrições de Galeno para a escolha dos vinhos e indica que o gosto de Roma estava se afastando dos vinhos espessos e doces que faziam da Campania a mais prestigiada região. Os vinhedos próximos a Roma, que anteriormente eram desprestigiados por causa de seu vinhos ásperos e ácidos, estavam entre os preferidos de Galeno. Ele descreveu os grands crus romanos, todos brancos, como fluídos, mas fortes e levemente adstringentes, variando entre encorpados e leves. Parece que o vinho tinto era a bebida do dia a dia nas tavernas.

Depois de Galeno não existem registros da evolução do paladar de Roma em relação aos vinhos. Certamente havia mercado para todos os gostos nessa metrópole que nessa época era a maior cidade do mundo Mediterrâneo e já possuía mais de um milhão de habitantes! É claro que a maior demanda era para o vinho barato que geralmente vinha de fora da península. É interessante notar que, desde a época de Galeno, o vinho da Espanha e da Gália começava a chegar em Roma. Um dos efeitos da expansão dos vinhedos nas províncias é que a produção em massa em regiões da Itália que abasteciam Roma tornou-se menos lucrativa e muitos vinhedos tornaram-se passatempo de nobres. Um desincentivo aos produtores italianos foi a criação, por volta de 250 d.C., de um imposto que consisitia em entregarem uma parte do vinho produzido ao governo (para as rações do exército e para distribuição à ralé que tinha a bebida subsidiada). Talvez para remediar esta situação, em 280 d.C. , o imperador Probus, revogou o já mencionado decreto editado (e amplamente ignorado!) por Domiciano em 92 d.C., proibindo o plantio de vinhedos. Probus inclusive colocou o exército para trabalhar no cultivo de novos vinhedos na Gália e ao longo do Danúbio. No entanto, foi inútil, pois o declínio do Império Romano estava começando.

Sobre a origem da vitivinicultura na França existe um verdadeira batalha entre os historiadores. Há os que acreditam nos registros dos Romanos e outros acham que os predecessores dos Celtas estabeleceram a elaboração de vinhos na França. Há ainda os que acreditam que os franceses da idade da pedra eram vinhateiros, pois no lago de Genebra foram encontradas sementes de uvas selvagens que indicam o seu uso há 12.000 anos ou mais. Segundo a Escola Celta os empreendimentos do ocidente são ignorados por não terem registros escritos. Os celtas da Gália foram ativos e agressivos. Eles dominaram quase toda a região dos Alpes, na época em que os atenienses dominavam a Grécia, invadindo a Lombardia na Itália (onde fundaram Milão) e alcançando Roma, chegaram à Ásia Menor, penetrando na Macedônia e alcançaram Delphi e fundaram um acampamento no Danúbio, em Belgrado,

Os gauleses antigos já tinham contato com os vinhos do Mediterrâneos por longo tempo e, como já foi dito, os gregos haviam fundado Marselha em 600 a.C., elaborando e comercializando vinhos com os nativos. Os celtas do interior da Gália ainda não tinham alcançado o sul da França nessa época; ali habitavam os ibéricos do norte da Itália e da Espanha. Se havia vinhedos celtas na Gália eles não chegaram ao mediterrâneo. É dificil acreditar que na França havia vinhedos, pois os chefes gaulêses pagavam um preço exorbitante pelos vinhos aos comerciantes romanos: um escravo por uma ânfora de vinho, isto é, trocavam o copo pelo copeiro. Marselha tornou-se parte do Império Romano por volta de 125 a.C., mas continuava sendo considerada uma cidade grega.

A primeira verdadeira colonia romana na França foi fundada anos mais tarde na costa a oeste em Narbo (hoje Narbonne) que se tornou a capital da província de Narbonensis e, de fato, de toda a chamada Gália Transalpina. Com ponto de partida na Provence, os romanos subiram o vale do Rhône e mais tarde no reinado de César dirigiram-se a oeste e chegaram na região de Bordeaux. Bordeaux, Borgonha e Tréveris provavelmente surgiram como centros de importação de vinho, plantando a seguir as suas próprias videiras e obtendo vinhos que superaram os importados. No século II havia vinhedos na Borgonha; no século III , no vale do Loire; no século IV, nas regiões de Paris, Champagne, Mosela e Reno. Os vinhedos da Alsácia não tiveram origem romana e só surgiram no século IX.

Após a queda do Império Romano seguiu-se uma época de obscuridade em práticamente todas as áreas da criatividade humana e os vinhedos parecem ter permanecido em latência até que alguém os fizesse renascer.

Chegamos à Idade Média, época em que a Igreja Católica passa a ser a detentora das verdades humanas e divinas. Felizmente, o simbolismo do vinho na liturgia católica faz com que a Igreja desempenhe, nessa época, o papel mais importante do renascimento, desenvolvimento e aprimoramento dos vinhedos e do vinho. Assim, nos séculos que se seguiram, a Igreja foi proprietária de inúmeros vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da época, como os franciscanos, beneditinos e cistercienses (ordem de São Bernardo), que se espalharam por toda Europa, levando consigo a sabedoria da elaboração do vinho.

Dessa época são importantes tres mosteiros franceses. Dois situam-se na Borgonha: um beneditino em Cluny, próximo de Mâcon (fundado em 529) e um cisterciense em Citeaux, próximo de Beaunne (fundado em 1098). O terceiro, cisterciense, está em Clairvaux na região de Champagne. Também famoso é o mosteiro cisterciense de Eberbach, na região do Rheingau, na Alemanha. Esse mosteiro, construido em 1136 por 12 monges de Clairvaux, enviados por São Bernado, foi o maior estabelecimento vinícola do mundo durante os séculos XII e XIII e hoje abriga um excelente vinhedo estatal.

Os hospitais também foram centros de produção e distribuição de vinhos e, à época, cuidavam não apenas dos doentes, mas também recebiam pobres, viajantes, estudantes e peregrinos. Um dos mais famosos é o Hôtel-Dieu ou Hospice de Beaune, fundado em 1443, até hoje mantido pelas vendas de vinho.

Também as universidades tiveram seu papel na divulgação e no consumo do vinho durante a Idade Média. Numa forma primitiva de turismo, iniciada pela Universidade de Paris e propagada pela Europa, os estudantes recebiam salvo conduto e ajuda de custos para viagens de intercâmbio cultural com outras universidades. Curiosamente, os estudantes andarilhos gastavam mais tempo em tavernas do que em salas de aulas e, embora cultos, estavam mais interessados em mulheres, músicas e vinhos. Eles se denominavam a Ordem dos Goliardos e, conheciam, mais do que ninguém, os vinhos de toda a Europa.

É interessante observar que é da idade média, por volta do ano de 1.300, o primeiro livro impresso sobre o vinho:Liber de Vinis. Escrito pelo espanhol ou catalão Arnaldus de Villanova, médico e professor da Universidade de Montpellier, o livro continha uma visão médica do vinho, provavelmente a primeira desde a escrita por Galeno. O livro cita as propriedades curativas de vinhos aromatizados com ervas em uma infinidade de doenças. Entre eles, o vinho aromatizado com arlequim teria qualidades maravilhosas tais como: estabelecer o apetite e as energias, exaltar a alma, embelezar a face, promover o crescimento dos cabelos, limpar os dentes e manter a pessoa jovem. O autor também descreve aspectos interessantes como o costume fraudulento dos comerciantes oferecerem aos fregueses alcaçuz, nozes ou queijos salgados, antes que eles provassem seus vinhos, de modo a não perceberem o seu amargor e a acidez. Recomendava que os degustadores poderiam safar-se de tal engodo degustando os vinhos pela manhã, após terem lavado a boca e comido algumas nacos de pão umedecidos em água, pois com o estômago totalmente vazio ou muito cheio estraga o paladar . Arnaldus Villanova, falecido em 1311, era uma figura polêmica e acreditava na na segunda vinda do Messias no ano de 1378, o que lhe valeu uma longa rixa com os monges dominicanos que acabaram por queimar seu livro.

Da Europa , através das expedições colonizadoras, as vinhas chegaram a outros continentes, se aclimataram e passaram a fornecer bons vinhos, especialmente nas Américas do Norte (Estados Unidos) e do Sul (Argentina, Chile e Brasil) e na África (África do Sul). A uva foi trazida para as Américas por Cristóvão Colombo, na sua segunda viagem às Antilhas em 1493, e se espalhou, a seguir, para o México e sul dos Estados Unidos e às colônias espanholas da América do Sul. As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil em 1532 por Martim Afonso de Souza e plantadas por Brás Cubas, inicialmente no litoral paulista e depois, em 1551, na região de Tatuapé.

É importante mencionar um fato importantíssimo e trágico na história da vitivinicultura, ocorrido da segunda metade do século passado, em especial na década de 1870, até o início deste século. Trata-se de uma doença parasitária das vinhas, provocada pelo inseto Phylloxera vastatrix, cuja larva ataca as raízes. A Phylloxera, trazida à Europa em vinhas americanas contaminadas, destruiu praticamente todas as videiras européias. A salvação para o grande mal foi a descoberta de que as raízes das videiras americanas eram resistentes ao inseto e passaram a ser usadas como porta-enxerto para vinhas européias. Desse modo, as videiras americanas foram o remédio para a desgraça que elas próprias causaram às vitis européias.
Finalmente, é imprescindível lembrarmos as descobertas sobre os microorganismos e a fermentação feitas por Louis de Pasteur (1822-1895) e publicadas na sua obra Études sur le Vin. Essas descobertas constituem o marco fundamental para o desenvolvimento da enologia moderna.

A partir do século XX a elaboração dos vinhos tomou novos rumos com o desenvolvimento tecnológico na viticultura e da enologia, propiciando conquistas tais como o cruzamento genético de diferentes cepas de uvas e o desenvolvimento de cepas de leveduras selecionadas geneticamente, a colheita mecanizada, a fermentação a frio na elaboração dos vinhos brancos, etc. Ainda que pese o romantismo de muitos que consideram (ou supõem?) os vinhos dos séculos passados como mais artesanais, os vinhos deste século têm, certamente, um nível de qualidade bem melhor do que os de épocas passadas. Na verdade algumas conquistas tecnológicas, como as substituições da rolha e da cápsula por artefatos de plástico e da garrafa por caixinhas do tipo etra brik são de indiscutível mau gosto e irritam os amantes do vinho.
Resta-nos esperar que os vinhos dos séculos vindouros melhorem ou, pelo menos, mantenham o nível de qualidade sem perder o charme dos grandes vinhos do século XX !

Fonte http://www.academiadovinho.com.br/

primeiro dia de enologia...



Ahhhhhhh, que dia feliz!

Pois é, people! Esse é o meu primeiro post meio alterada... kkkkkkk

Brincadeirinha!!!

Hoje tive o primeiro dia do módulo de Enologia e acho que descobri um campo muuuuuuuito legal de trabalho!



Para quem ainda não sabe do assunto, algumas nomenclaturas importantes, chupinhadas do site da ABE:

O que é enologia?
Enologia é a ciência que estuda todos os aspectos relativos ao vinho, desde o plantio, escolha do solo, vindima, produção, envelhecimento, engarrafamento etc...

O que é Enólogo?
Indivíduo que tem conhecimentos de enologia; formado em faculdade de enologia.
O enólogo é um profissional com características definidas, dentro do perfil ocupacional da indústria, voltado acentuadamente para as tarefas de coordenação, supervisão e execução. Sendo este o responsável pela produção e por todos os aspectos relacionados com o produto final,(vinificação, estabilização, envelhecimento, engarrafamento, controle de qualidade, análise química, análise sensorial dos vinhos, conhecimentos sobre viticultura, marketing do vinho, vendas etc...).

O que é enófilo? - Ei, atenção! ENÓfilo, não PEDÓfilo! Não vamos confundir...
Apreciador e estudioso de vinhos (ou amante), aquele que se dedica profissionalmente ou por prazer a estudar o maravilhoso mundo dos vinhos.
Enófilo é diferente de Enólogo, devido ao fato de que o Enólogo é um graduado que cuida da elaboração de vinhos, sendo que o enófilo é apenas um apreciador, e não pode elaborar vinhos.

O que é Sommelier?
É um profissional especializado conhecedor de vinhos e todos os assuntos relacionados ao serviço deste. O sommelier trabalha em restaurantes e lojas de vinhos, elaborando carta de vinhos, orientando os clientes a respeito da melhor escolha para acompanhar os alimentos escolhidos, além de cuidar da compra, armazenamento e rotação de adegas.

Após esclarecimentos importantes, a aula.


O professor Armando começou falando da vinificação, do tanino presente nos vinhos tintos, dos ácidos 100% naturais. Depois falou das pessoas envolvidas na fabricação do vinho: engenheiro agrônomo, , enólogo, sommelier e o enófilo(categoria em que me enquadro). Falou da história - poxa, são 8000 anos de vinho!!!!! Dos panoramas, da produção e consumo - onde a França e a Itália estão numa disputa acirradíssima.

O professor falou uma coisa que achei legal: vinho é tão habitual quanto arroz com feijão! Lógico que nossa cultura não é essa. Mas pense você que vinho na França e na Itália é como a cachaça do boteco da esquina da facu - acredite: o da minha ainda não conheci! -.Esse glamour foi dado por nós, habitantes do Novo Mundo e pelos "Nouveau Riche" que adoram glamourizar coisas...

Após o intervalo, a parte importante: a degustação! Não fique aí pensando que a Universidade está incentivando qualquer tipo de vício! É importante conhecer, e conhecer é degustar!!! Começamos com vinhos brancos do Novo Mundo - os novos produtores - Chile e Argentina - e duas uvas - Chardonnay e Sauvignon Blanc -, uvas diferentes para a percepção de contrastes. Porém, antes de tudo, o professor nos passou uma espécie de manual da degustação que, como ainda não absorvi sua essência, explico depois.

Quem acompanha o blog sabe que sou chegada numa historinha. Portanto, dedico o próximo post a esse tema: a história da bebida mais elegante do mundo!!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

SANDUÍCHE, a história

A galera pira demais!

Algumas versões:


Uma das maiores invenções da humanidade não foi a roda, o avião ou o raio laser, mas o sanduíche - Santos Dumont está se revirando no túmulo agora... - . Ele nasceu quando o quarto Conde de Sandwittch, ainda no século XVIII, em vez de enfrentar a preguiça de um jantar formal, ordenou a seu criado que fizesse "qualquer coisa"simples e rápida. Ele queria matar a fome sem abandonar o que estava fazendo - dizem que jogava cartas.

Quase em pânico, o criado apanhou duas fatias de pão e enfiou entre elas um naco de presunto. O Conde nunca mais jantou - só comeu sanduíches.

De lá para cá, as pessoas ficaram muito mais ocupadas que o nobre inglês e a criação do criado virou mania universal. Atraente pelo visual, simples, o sanduíche viu passar dois séculos incorporando à sua fórmula básica tudo o que se possa imaginar de comestível.
Até que, neste final de século, um fanático exagerado não se sabe bem onde executou a maior das variações em torno da obra do Conde e seu criado: o sanduíche de metro. Um sanduíche de metro não é coisa para poucas bocas. É para seduzir, impressionar, divertir - ou seja, tudo que se espera de um ilustre convidado de uma festa ... informal.



Você deve estar se perguntando: “Quem é esse cara”?


Pois bem, o tal do John Montagu era um lorde inglês que viveu entre 1718 e 1792. Era conhecido como o Conde de Sandwich (Fourth Earl of Sandwich em inglês).


Nosso caro John era fanático, mas não por lanches, e sim por jogos de cartas. Seu fanatismo era tanto que ele passava as noites jogando o seu carteado. Numa noite, durante mais uma partida, ele solicitou a um de seus criados que fizesse alguma coisa rápida para comer, algo que pudesse deixar uma das mãos livres, enquanto ele jogava. O tal criado resolveu então colocar um pedaço de carne entre dois pedaços de pão e levou para o conde. John adorou a idéia e dizem que nunca mais ele jantou, apenas comeu lanches. O sucesso foi tanto que seus parceiros de cartas começaram a pedir “um igual ao do Sandwich”. O nome sanduíche se popularizou e o lanche foi divulgado.




3.1.Seria por causa não lembro Duque, Barão, Conde etc.. era Conde que adorava jogar cartas, viciado, como não parava para comer pediu a seus súditos que preparessem 2 fatias de pão com carne dentro assim não precissaria interromper o jogo?


3.2.Alguns contam que o hamburger surgiu por que os Caubóis americanos colocavam carne moída debaixo da sela do cavalo, e quando iam comer ela estava no formato do hamburger.Aí eles colocavam no pão e comiam, mas antes disso, acho que já era comum comer pão com queijo, mortadela, essas coisas dentro... QUEM FALOU EM HAMBURGUER?


3.3.Olha, existe uma historia que lí uma vez mas q não é oficial.Segunda essa historia, um homem adora jogar cartas,ficava horas jogango,nao parava nem pra comer,e ele gostava mto de comer carne,mas sempre sujava as maos comendo carne e jogando baralho,e achava guardanapos desconfortavéis para comer carne,então colocou a carne dentro d um pão e comeu, gostou e assim foi.

3.4.COMIDA DE POBRE? NEM MORTA. CONHEÇO A DO CAVIAR. AI, MEUS SAIS!!!!

4. O VÍDEO: essa só vendo...

E A SUA VERSÃO?

Aguardo!

Pêras ao vinho com especiarias

Essa passei pra um amigo meu, o Fábio, no ônibus. Estávamos falando de maneiras de impressionar namorados, no caso dele a Paula, uma amiga minha. Passei duas receitas: uma foi o pavê de limão (já publiquei a receita) e a outra, as Pêras.

Faça na fé e receba os elogios!

PÊRAS AO VINHO COM ESPECIARIAS
4 pêras inteiras
500 ml vinho tinto seco
açúcar a gosto
anis estrelado, cravo e canela em pau a gosto
água suficiente para cobrir as pêras.

Modo de preparo:
1. Retirar a casca e semente das pêras - deixar o talo.
2. Colocá-las numa panela com o vinho, as especiarias - anis, cravo e canela, o açúcar e a água.
3. Colocar em fogo brando até que as pêras estejam al dente.
4. Retirar as pêras, reduzir o caldo para fazer um molhinho.
5. Servir e arrasar!

Brownie

Esses dias um amigo do 2º semestre entrou no meu orkut e trocamos mensagens. O Cristiano, fofíssimo. Aquele em que cito o brownie, em um post antiiiiiiiiiiiigo. E lembrei que não coloquei a bendita da receita!


Voilà!

Ingredientes
250 gr Chocolate ½ amargo
140 gr Manteiga sem sal
4 Ovos
300 gr Açúcar refinado
1 pitada Sal refinado
120 gr Farinha de trigo
200 gr Nozes picadas

Modo de Preparo:
1. Derreter em banho-maria o chocolate e a manteiga;
2. Bater os ovos e acrescentar o açúcar aos poucos;
3. Misturar delicadamente ao chocolate;
4. Adicionar as nozes picadas;
5. Espalhar em forma untada e forrada de papel manteiga;
6. Assar em forno pré-aquecido à 180ºC por 20 minutos.

sessão terapêutica - crise de identidade


Estou vivendo um momento, digamos, peculiar. Sabe aquelas crises que te atacam quando seu aniversário de 20 anos está próximo? Pois é...

Tardio, né?

Na verdade, sempre tenho esse tipo de crise... Como se nunca estivesse no lugar certo, fazendo a coisa certa, com as pessoas certas, tomando as atitudes certas... Aí a vida passa...

Tchecov escreveu:

"E, ao final, vão lhe perguntar: O que é que você fez da sua vida? E você? Vai responder o quê? NADA?"

Toda vez me lembro dessa frase e tento correr a trás. Do prejuízo, dos meus desejos, do trem, do ônibus...

Joguei "crise de identidade" no Google e vi que tantos outros blogueiros estão comigo nessa fase filosófica. Será uma energia universal tomando-nos, convidando-nos a repensar conceitos? Será culpa dessa loucura econômica - gente, a economia rege o mundo! E não é discurso burguês, não! - que está a secar, de um jeito ou de outro, as reservas de todo mundo?

Vou e volto da facu com esses pensamentos automáticos. As grandes questões do momento são: o que estou fazendo no curso de Gastronomia e a vida desinteressante que levo. Faz tempo que não tenho novidades substanciais pra contar...

Adoro meu curso com todas as forças. E daí? Engraçado, estou sem perspectiva... Não quero trabalhar com cozinha, porém ainda não estou apta para lecionar. Minha pesquisa - objetivo número 1 na facu - está no zero. Muito tempo desperdiçado na net me drogando com porcarias, tentando esquecer por um instante todas as questões existenciais que tanto me perturbam... Estou perdida em frente à tela. Não tô a fim de assistir pela milésima vez aos vídeos do terça insana, nem dos deznecessários, nem ler publicações nos blogs das minhas amigas travas... Nem as fotos do Giane - cchini - surtem efeito! Aliás, corre à boca pequena - e grande também - que ele é bee. Será? Confidências à parte - ou mais uma, se preferir - traumatizei com minha última empreita paquerística... Será esse o motivo da minha perturbação? Abafa.

Será falta de glicose no sangue? Acho que é de cafeína. Quando bebo pouco café tenho crises seríssimas de abstinência...

Fase? Espero. A Krewsa diz que tô precisando de um namorado... Pra quê?

kkkkkkkkkkkk

Isso já é assunto para outro post .

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

caldinho de feijão

Pra quem mora na "terra da garoa" e nunca sabe se vai fazer frio ou calor, uma receitinha super tradicional e deliciosa!


Caldinho de Feijão

(para 6 pessoas - tempo de preparo cerca de 1 hora, mais o tempo de molho do feijão)

Ingredientes:

1 xícara de chá de feijão mulatinho ou outro de sua preferência (que tenha um caldo mais escuro) 4 xícaras de chá de água
1 ou 2 folhas de louro
1 paio pequeno
½ xícara de chá de cebolas bem picadas
1 colher de sopa de alho espremido ou processado
1 ½ xícara de chá de bacon picado
1 cálice de pinga de boa qualidade (mais ou menos 80 ml)
2 colheres de sopa de azeite extra virgem
1 xícara de chá de salsinha e cebolinhas picadas finamente
sal e pimenta do reino moída na hora a gosto



Modo de preparar:
Escolher e lavar muito bem o feijão. Colocá-lo de molho em água fria por 4 horas.

Escorrer e colocar o feijão numa panela de pressão com a água, o paio sem pele e as folhas de louro. Tampar a panela e levar ao fogo alto até a válvula da pressão começar a fazer barulho, abaixar o fogo de cozinhar por cerca de 30 minutos.

Abrir a panela e verificar se o feijão está cozido, se necessário retorne ao fogo para completar o cozimento por mais alguns minutos. Reserve.
Numa panela aquecida colocar o azeite e ½ xícara de bacon picado e fritar. Quando estiver crocante, retirar o bacon e reservar. No azeite e gordura do bacon que ficaram na panela, fritar as cebolas em fogo baixo. Quando estiverem começando a dourar, acrescentar o alho e fritar mais um pouco sem dourar demais. Depois de fritos despeje tudo na panela de feijão, acrescente a pinga e tempere com o sal e a pimenta. Leve ao fogo novamente e fervendo por 10 minutos. Deixe esfriar um pouco, retire o paio e bata no liquidificador até obter um caldo homogêneo. Passe por uma peneira e aqueça antes de servir.
Corte o paio em fatias finas.
Coloque a salsinha e as cebolinhas, o bacon e o paio em potinhos separados e sirva como guarnição.
Se desejar pode acrescentar nas guarnições um potinho com pimenta vermelha em molho ou picada no azeite, para os que apreciam uma comida mais "quente".
Sirva o caldinho de feijão em canecas com alça.


Observações:
- O feijão novo cozinha mais depressa e fica com um caldo mais grosso ao ser preparado. Para reconhecer se o feijão está novo, ele deve ter grãos brilhantes, se estiverem opacos com aparência de sujos, podem ser mais velhos. Isso não significa que não podem ser consumidos, mas devem ser deixados mais tempo de molho antes do cozimento e deve-se utilizar a mesma água do molho para cozinhá-los, isso tornará o caldo mais grosso.
- O bacon a ser utilizado como acompanhamento ou guarnição deve ter mais carne do que gordura. Para que fique crocante deve estar bem seco antes da fritura.
- O caldinho também pode ser feito com feijão preto e ficará ótimo como entrada de uma feijoada. Nesse caso a guarnição de bacon pode ser dispensada.

saudades da minha época de letrada?



Para quem não sabe, sou formada em Letras pela Anhembi Morumbi. Depois que me formei comecei a me sentir estranha... como se as pessoas evitassem escrever ou falar comigo para não ter que ficar escutando explicações gramaticais para seus erros de português. Aí eu comecei a fazer de conta que não tinha passado pela Escola de Letras. Como costumo dizer, eu "abdiquei dos meus poderes de letrada" e voltei a ser uma pessoa normal. Até inseri gírias e palavrões no meu vocabulário usual na tentativa de ser aceita linguisticamente pelas pessoas do meu convívio. Tem quase um ano e meio que retornei aos bancos escolares - agora na Escola de Gastronomia - e às vezes me arrependo dessa renúncia...




Será que essa reforma ortográfica absurda está mexendo comigo? Ou estou tendo crises de escritora que, na verdade, nunca fui como deveria?




Enfim.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

tenho uma raiva de gente covarde!!!

hoje eu tava lendo alguns comentários no meu blog. até então não havia moderação, pois queria permitir que amigos criticassem mais abertamente, etc, etc, etc. só que alguma pessoa no mínimo INVEJOSA postou comentários em duas publicações com palavras de baixíssimo calão que não valem a pena o replay. e, o pior, NEM SE IDENTIFICOU!!!



disse que era INVEJOSA porque foi postado por alguém daqui da facu, ontem, depois que desocupei essa mesma máquina.



QUERIDO(A),

QUAL É SEU PROBLEMA? É O CURSO QUE FAÇO? POIS FAÇA GASTRONOMIA VOCÊ TAMBÉM!!! AGORA, SE O PROBLEMA É COM O BLOG... FAÇA UM! QUER PROCURAR A COORDENAÇÃO DO CURSO PRA RECLAMAR DE ALGO? VÁ SIM! PROVAVELMENTE OS CHEFS VÃO GOSTAR DE SABER QUE UMA ALUNA DO MEU GABARITO ESTÁ FAZENDO PROPAGANDA DO CURSO...



desculpem, caros amigos leitores, mas é que CRIANCICE me enche o saco...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ÉCLAIRS 2 - a volta dos que não foram...


foram sim!!!!!

e não voltaram!!!!


lembra do post que falei da minha prova de confeitaria? pois é, meu bem!!! aqui estão as éclairs mais lindas do muuuuuuundo!!!!!


e esses olhos de monalisa???


Fauchon é demais!!!!!


MORRAMOS DE INVEJA!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Follow You Down - GIN BLOSSOMS

Cante comigo a primeira música da minha playlist!

Did you see the sky
(Você viu o céu?)
I think it means that we've been lost
(Acho que significa que estivemos perdidos )

Maybe one less time is all we need
(Talvez a gente só precise de mais uma vez )
I can't really help it if my tongue's all tied in knots
(Realmente não posso ajudar se minha língua está travada )
Jumping off a bridge, it's just the farthest that I've ever been
(Pular de uma ponte, foi o mais longe que já cheguei )
Anywhere you go, I'll follow you down
(Aonde quer que você vá, eu a seguirei )
Anyplace but those I know by heart
(A qualquer lugar, menos os que conheço de cor)
Anywhere you go, I'll follow you down
(Aonde quer que você vá, eu a seguirei )
I'll follow you down, but not that far
(Eu a seguirei, mas não tão longe assim )
I know we're headed somewhere,
(Sei que estamos indo para algum lugar )
I can see how far we've come
(Posso enxergar o quão longe chegamos )
But still I can't remember anything
(Mas ainda não consigo me lembrar de nada )
Let's not do the wrong thing and I'll swear it might be fun
(Não vamos fazer a coisa errada e juro que pode ser divertido )
It's a long way down when all the knots we've tied have come undone
(Já andamos muito quando todos os nós que atamos se desfizeram )
Anywhere you go, I'll follow you down
(Aonde quer que você vá, eu a seguirei )
Anyplace but those I know by heart
(A qualquer lugar, menos os que conheço de cor )
Anywhere you go, I'll follow you down
(Aonde quer que você vá, eu a seguirei )
I'll follow you down, but not that far
(Eu a seguirei, mas não tão longe assim )
How you gonna ever find your place
(Como é que você vai encontrar o seu lugar )
Running in an artificial pace
(Correndo num ritmo artificial? )
Are they gonna find us lying face down in the
sand
(Será que eles vão nos encontrar deitados de
cara na areia? )
So what the hell now, we've already been
forever damned
(Então que se dane agora, já fomos amaldiçoados
para sempre )
Anywhere you go, I'll follow you down
(Aonde quer que você vá, eu a seguirei )
Anyplace but those I know by heart
(A qualquer lugar, menos os que conheço de cor )
Anywhere you go, I'll follow you down
(Aonde quer que você vá, eu a seguirei )
I'll follow you down, but not that far
(Eu a seguirei, mas não tão longe assim)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

mais sobre LAURENT

QUERIDOS,


Fiquei tão passada - desculpem o termo, não tenho outro agora - por ver tantos aspiras a chef como eu no evento de inauguração do centro de pesquisas gastronômicas da Universidade Anhembi Morumbi babando pelo tal do "ATOLA" e que não conhecem o maior nome da gastronomia aqui no país, Laurent Suaudeau, que vou publicar mais coisas legais a seu respeito.
CRIANÇAS, ACORDEM ENQUANTO É TEMPO!

Pensem comigo: se Paul Bocuse - esse vocês já pelo menos ouviram falar, né? Pelo amor de Deus! - fosse Jesus Cristo, Laurent seria Mateus, o apóstolo!!! Com todo o respeito, é importante conhecer a linhagem, o pedigree do chef. Portanto...

Genialidade é superar-se a cada dia

Com ousadia, criatividade e, acima de tudo, competência, Laurent Suaudeau enaltece de maneira inédita e extremamente saborosa o traço que melhor representa a cultura de um país: a sua cozinha. Ao unir duas nações como França e Brasil, o resultado não poderia ser mais espetacular. Da entrada à sobremesa, as suas receitas surpreendem e reinventam o sabor, que se traduz em forma, beleza, espírito e desejo.
Nascido em Cholet, Vale do Loire, na França, em 1957, a trajetória profissional de Laurent começou cedo, aos 15 anos de idade. Apoiado pelo pai, decidiu abandonar a escola tradicional e ingressar na carreira de cozinheiro, atendendo a uma vocação revelada desde a infância.
Encontrou no "Lucullos" uma oportunidade de trabalho e um grande mestre - Jean Guerin, que foi seu professor no Lycée e o responsável por despertar em Laurent uma habilidade muito especial: adivinhar, da cozinha, o que estava acontecendo no salão. Guerin ofereceu a Laurent sua terceira oportunidade de trabalho. Foi em um restaurante de primeira linha, o "Les Prés et les Sources", do chef Michel Guérard. O ambiente muito competitivo não permitia companheirismo, e assim estava inaugurado na vida do jovem cozinheiro o rigoroso profissionalismo.
Quando a sua carreira tomava impulso, veio a convocação militar - um contratempo que acabou mostrando-se valioso para Laurent. Perto de deixar o quartel, apostou alto e tentou uma vaga no restaurante do mestre Paul Bocuse. Conseguiu.Laurent já conhecia a fama de Bocuse, de ser um homem muito exigente e detalhista. Era uma divindade para seus subordinados, que, no entanto, não escondiam o alívio quando o chefe se afastava da cozinha por alguns dias.
Logo o talento de Laurent foi notado. E, em 1980, Paul Bocuse ofereceu a Laurent Suaudeau uma missão que mudaria radicalmente a sua vida: o cargo de chef assistente no "Le Saint Honoré", restaurante da rede Méridien, no Rio de Janeiro. Recém-chegado ao Brasil, desanimou-se com a qualidade do trabalho do pessoal de cozinha. Mas o estímulo de Bocuse e a descoberta de receitas e ingredientes típicos do país, como cupuaçu, manga, tucupi, maracujá, mandioquinha, fizeram o então chef assistente mudar de idéia. Em apenas um ano Laurent era o chef de cuisine do "Le Saint Honoré".
Laurent apaixonou-se pela riqueza e variedade de cores, aromas e sabores brasileiros. Começou então a desenvolver o que hoje pode ser uma nova escola de gastronomia. Além de criar receitas inigualáveis, criou raízes no Brasil, casando com a piauiense Sissi, com quem teve dois filhos, Janaína e Gregory.
Em 1986, abriu o seu restaurante no Rio de Janeiro, o "Laurent", que imediatamente foi considerado o melhor restaurante do Rio e também o melhor do Brasil pelo Guia 4 Rodas. Em 1991, transferiu o sucesso para São Paulo - mais uma vez tornando-se referência e ponto de encontro de intelectuais, artistas, empresários e demais apreciadores da que foi chamada a melhor cozinha francesa do país.
No final de 2000, decidiu interromper a atividade do restaurante para dedicar-se à sua escola de cozinha. Laurent Suaudeau adotou o Brasil, e quer deixar para os novos chefs brasileiros a sua herança culinária. Para isso, fundou a Escola das Artes Culinárias Laurent, que consolida um novo perfil de gastronomia e tem como intuito principal o aperfeiçoamento de chefs de cozinha e profissionais da gastronomia.. É a sua forma de agradecer ao país o respeito e o reconhecimento conquistados durante todos esses anos.
De maio de 2003 à dezembro de 2004, funcionou o Restaurante Laurent da Al. Lorena em São Paulo, que fez história; acumulou os principais prêmios da gastronomia em pouco tempo:
Revista Gula (Chef do Ano de 2003 e Melhor rest. frances de São Paulo de 2003 e 2004)
Revista Veja São Paulo (Chef do Ano de 2003, , Melhor sobremesa de São Paulo de 2003 e Melhor rest. frances de São Paulo de 2003 e 2004)
Guia 4 Rodas (Chef do Ano de 2003 e o restaurante recebe “Três Estrelas”, fazendo parte do seleto grupo de cinco restaurantes três-estrelas no Brasil)
Em 2004, Laurent passa a ser “Maître Cuisinier de France”, fazendo parte desta organização mundial destinada a abrigar os melhores chefs mundiais e lança seu segundo livro, “Cartas a um Jovem Chef”, dirigido à nova geração de cozinheiros, além de palestrar com freqüência à fornecedores do ramo e ao empresariado em geral.
Desde o fechamento do restaurante Laurent, o chef concentra sua alta gastronomia no Espaço Cultural Laurent, um espaço vip reservado para eventos pequenos, destinado a uma clientela selecionada e que funciona no mesmo local da Escola Laurent.



Maîtres Cuisiniers de France

O Maîtres Cuisiniers de France é o título mais almejado por todos os Chefs. Mais do que um reconhecimento pelo talento e genialidade, esse título representa todo o esforço e trabalho de um Chef pela difusão da arte culinária francesa.Em outubro de 2004 Laurent Suaudeau recebeu a medalha das mãos do presidente do comite organizador na França, M. Jacques Marguin e o chef Roger Jaloux (chef da casa Paul Bocuse, 3 estrelas Guia Michelin).Para a ocasião foi preparado um jantar a quatro mãos, por Laurent e Roger Jaloux, onde convidados especiais puderam desfrutar de momentos inesquecíveis.




endereço do restaurante: Alameda Lorena, 1899 Jardim Paulista SP.

Telefone: (55 11) 3062-1452 e (55 11) 3085-0356
Horário:- Almoço (terça à sexta e domingo)- Jantar (segunda à sábado)

GASTROMOTIVA

A Gastromotiva é uma iniciativa muito importante do chef David Hertz, que meu deu aula de Cozinha Asiática - Índia e Tailândia - e que vale muito a pena não só ser conhecida, mas APOIADA. A gente sabe que Terceiro Setor aqui no Brasil ainda não recebe o amparo devido de quem pode... Apesar de que todo mundo pode.

O MUNDO NÃO É FEITO DE DINHEIRO!

Portanto, antes de tudo, entre no site e no blog , apaixone-se pela proposta e pelas várias histórias de vida mudadas por meio dessa iniciativa e arregace as mangas!

Conheça um poquinho:

A Gastromotiva é uma organização sem fins lucrativos, que investe na educação de cidadãos em situação de “invisibilidade social”. O programa capacita jovens para o mercado de trabalho, incentivando-os a abrir negócios gastronômicos em suas comunidades de origem. A viabilização do projeto se dá por meio do nosso bufê, venda de produtos e parcerias institucionais. Oferecemos um serviço contemporâneo, de alta qualidade, que valoriza as especiarias de diversos países, aliadas à cultura brasileira.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

laurent suaudeau




Para quem não o conhece:


Laurent Suaudeau, é na atualidade o mais renomado chef de cozinha francesa no Brasil, tendo se notabilizado pela delicadeza de seus pratos, preparados a partir do cruzamento de receitas tradicionais da França, com ingredientes brasileiros.
Cozinheiro de vocação precoce, com pouco mais de vinte anos já trabalhava com o Chef Paul Bocuse, no famoso restaurante “Collonges-au-Mont-d’Or" na França. O mestre, que logo reconheceu o talento do jovem Laurent, convidou-o em dezembro de 1979, para chefiar a cozinha do “Le Saint-Honoré", no Méridien, no Rio de Janeiro.
Em 1986 abre seu próprio restaurante, o “Laurent", chegando a ser considerado logo depois, o melhor restaurante do Rio de Janeiro. Em 1989 ganhou do Governador do Estado do Rio, o Título de Embaixador do Rio de Janeiro, recebendo a medalha de Mérito Internacional.
Em 1991, mudou-se para São Paulo, onde conduziu com grande sucesso a cozinha do “Laurent", freqüentado pelos grandes apreciadores da inigualável cozinha francesa até dezembro de 2000.
Em 1994, fundou a ABAGA (Associação Brasileira da Alta Gastronomia) onde permaneceu por 4 anos como Presidente.
Foi outorgado ao Laurent, pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, Cavaleiro da Ordem do Rio Branco, também em 1997.
Em 14 de julho de 1997, data de aniversário da Revolução Francesa, Laurent foi condecorado pelo Governo Francês como Chevalier de L’Ordre du Mérite Agricole.
Desde 1996, é Presidente de Honra e Organizador da Fispal Gourmet Show, a maior feira de indústria alimentícia da América Latina, realizada anualmente em São Paulo.
Em 2000, pelo 4° ano consecutivo, o Restaurante Laurent da Alameda Jaú, foi eleito pela Revista Veja, o melhor “Restaurante francês da cidade e pela revista Gula, o “Chef do Ano". Foi escolhido por Paul Bocuse para representar seu nome no Brasil.
De maio de 2003 à dezembro de 2004, funcionou o Restaurante Laurent da Alameda Lorena em São Paulo, que fez história; acumulou os principais prêmios da gastronomia: Revista Gula (Chef do Ano de 2003 e Melhor restaurante francês de São Paulo de 2003 e 2004), Revista Veja São Paulo (Chef do Ano de 2003, Melhor sobremesa de São Paulo de 2003 e Melhor restaurante francês de São Paulo de 2003 e 2004) e Guia 4 Rodas (Chef do Ano de 2003 e o restaurante recebe “Três Estrelas", fazendo parte do seleto grupo de cinco restaurantes três-estrelas no Brasil).
Em 2004, Laurent passa a ser Maitre Cuisinier de France, fazendo parte desta organização mundial para os melhores chefs mundiais.
Em outubro de 2004 lançou o Livro “Cartas a um Jovem Chef", dirigido à nova geração de cozinheiros.
Laurent é responsável pela formação de uma nova geração de chefs brasileiros. Mantém a Escola das Artes Culinárias Laurent em São Paulo, que tem como intuito principal o aperfeiçoamento de chefs de cozinha e profissionais da gastronomia; e onde funciona também o Espaço Cultural Laurent, reservado para eventos.
Laurent é Consultor e Assessor de restaurantes.

Dados do wikipedia:


Nascido em Cholet, Vale do Loire, na França, em 1957, o chef Laurent começou cedo, aos 15 anos de idade.
Trabalhou com diversos grandes chefs até conseguir uma vaga no concorrido restaurante de Paul Bocuse. Em 1980 Bocuse lhe ofereceu a oportunidade de trabalhar como chef assistente no "Le Saint Honoré", restaurante do Hotel Méridien do Rio de Janeiro. Ficou desanimado com a qualidade do pessoal de cozinha mas maravilhou-se com os ingredientes típicos do país como o cupuaçu, manga, tucupi entre outros, que o levaram a continuar o trabalho. Em apenas um ano Laurent já era o chef de cozinha do restaurante.
Em 1986 abriu o seu restaurante no Rio de Janeiro, o "Laurent", que imediatamente foi considerado o melhor restaurante do Rio e também o melhor do Brasil pelo Guia Quatro Rodas. Tranferiu-se para São Paulo em 1991 e, em 2000, passou a se dedicar exclusivamente à sua "Escola das Artes Culinárias Laurent". Reabriu o restaurante Laurent em São Paulo que funcionou entre maio de 2003 e dezembro de 2004 e que rapidamente tornou-se referência na cidade.
Laurent adotou o Brasil, casando com a piauiense Sissi com quem tem dois filhos, Janaína e Gregory.